quarta-feira, 18 de maio de 2011

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tempo de festas e de solidão



Ah esse Natal, maravilhoso que promete tanto. Ah esse Natal que agora se estende às classes mais simples e que tem acesso às compras....
Esse Natal do bom velhinho Papai Noel, dos sentimentos de família, de desejo de um ano melhor, de solidariedades....Tudo isso transformado agora numa única receita: O consumo!!!

Entendo a alegria do consumo....mas entendo a urgência de um dinheiro bem aplicado e justo na divisão de seus beneficios...

Tambem ao lado das imagens de festa e consumo, seguem ainda os que não tem familia, os que ja tiveram e se sentem sós, a solidariedade vista à distancia na TV , os presentes vistos em casa de amigos e vizinhos, mas a solidão que bate sozinha no coração dos que ainda estão, sem família, ou mesmo com ela, já que os interesses ainda são outros, a distancia dos que já se foram...O Natal uma alegria e uma tristeza ao mesmo tempo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Chegou o dia das eleições e o povo sem graça, sem vibração VOTOU!!!!.

A Arrogância da imprensa nos debates, só foi menor na Globo no último dia, pois, resolveram fazer os candidatos:- PASMEM ! à PRESIDêNCIA DA REPUBLICA! de atores de teatro de mal gosto,andando por um palco sem motivação, sem a graça, sem poder falar o que pensam mas apenas os que o marketing dita!!! E pensam vocês que eles acham que foi um fiasco????Não, se acham os tais!!! Que desperdicio!!

Que encruzilhada.... Os coitadinhos dos perguntadores, gente de todo Brasil, selecionados por critérios não muito claros, que ainda "tinham dúvidas", provavelmente porque sempre foram omissos e nunca se interessaram por politica ou pelas questões do Brasil(estavam correndo atrás de comida e divertimento fácil), nada acrescentaram à palhaçada.

O que mais me admira, é a grosseria em nome do escravidão ao tempo da televisão e " sic: igualdade entre direitos aos candidatos" sic novamente, e + tres vezes sic, ....

Se a figura máxima( já em segundo turno...) ao cargo máximo dos cargos majoritários é tratado com " casca e tudo " para mostrar igualdade,que Brasil o nosso...a quem,cara pálida?

Imagine se elegemos pessoas que não sabem ler,e não tem preparo,( sinal dos tempos e dos modelos brasileiros) diga-se "estudo",.... só pode dar essa bandalheira que em nome desse possível viez democrático...sic novamente, elegem um LULA , e depois uma Dilma,mais preparada em assuntos tecnic0s mas de igual viez esquerdista ultrapasado....
O Brasil merecia um estadista...alguém que pensasse no Brasil, que pensasse em modernizar nossa infraestrutura, em respeitar o próximo, não só quando interessa mostrar na TV, e que amasse sobretudo, o seu semelhante.

As pessoas esfriaram...perderam o senso de moral e ética, a nova classe ascendente,não tem isso no seu repertório, até porque os tais lideres sempre se interessaram em deixá-los menos preparados, sempre se interessaram em deixá-los como estavam...parecia impossível. Por isso O Tal de Dirceu declarou que a " bolsa familia" criada na boa intenção pelo FHC, e expandida com segundas intenções( um programa de poder) pelo PT, garantia a eles 40 milhões de votos....veja só. Era necessário; mas olhem os fins necessários e os meios utilizados...cadê a descência?
Cadê a oposição que tem vergonha de si mesma, e ainda mais de dizer a verdade do fundo do coração????

Parabens ao Aclkmin, por ter superado tudo isso e sair vencedor...ao menos na eleição!!

Vamos torcer para que pense grande,e não se envergonhe de tomar as medidas necessárias para manter a qualidade do Brasil em nome de um futuro melhor, e menos demagógico!! Onde está a classe média...não consigo enchergar...e dizer que classe C é classe média, lamento!!Je suis desolée.

Na França , a classe média é a maior entre todos os países, nos EUA também, e são eles que trabalhám duro, e que conseguem as mudanças na lei, quando necessário...Não éssa bobagem de "tiriricas", e outros quetais.... Tiririca para quem não sabe, é um matinho que parece um capim, e que é muito dificil de se exterminar, estragando o jardim, mesmo em meio a flores e a um jardim bem plantado. Ainda é triste o Brasil das campanhas políticas....

Vamos torcer para que o governo pense
grande, que tome medidas importantes de convivência com a biodiversidade, com o meio ambiente, com as pessoas de bem, que hoje se escondem por serem do bem...

Vejamos e esperemos GODOT, sentados...é melhor!!!

domingo, 6 de junho de 2010

IP Idade Provecta.



Depois de um final de semana , maravilhoso em meio à Mata Atlântica, e com direito a nuvens baixas, sol e chuva, assinalando a força da natureza,trouxemos na bagagem , minha filha e eu, fotos de arco iris, de pássaros,de galhos e nuvens cheios de neblina e repletos de goticulas de água.Uma experiência e tanto.
Conheci a pouco,o professor Joao Roberto da Costa e Silva, por indicação do José Mário Brasiliense, a quem muito admiro.Espantou-me a sua observação explícita sobre IP. pois que aos poucos e muito rapidamente, vamos atingindo a tal IP= idade provecta. Em outros paises os IP,são os mestres, os professores, os que passam a cultura, a experiência e ajudam, como no Senado da antiga Roma, ou ensinam aos mais novos essa experiência. Aqui ao contrário não é a idade que mais tem experiência, mais conhecimento, mais prática. Creio que isso se dá pois que a grande maioria não aproveitou seu tantos anos de vida para aprender e para observar e reaprender e capitalizar o conhecimento. Aqui quando se pensa em chegar a IP é para desfrutar sem trabalhar daquilo que a mídia oferece. Os financiamentos permitem a aquisição dos objetos de consumo eletrônicos e de aparelhos brancos.... Isso tambem é crescimento econômico, mas não cultural, mas corre o risco de como o Brasil, crescer, ampliar e não ter nada a acrescentar à Humanidade.

sábado, 13 de fevereiro de 2010


À Sergio Telles
Pintor, magnífico artista e grande amigo.

São Paulo, 12 de fevereiro de 2010.

Ref. Recebimento de exemplar sobre suas obras.

Prezado Amigo,

Foi com enorme surpresa e grande prazer que recebi o exemplar com suas obras. Fantástico! Fiquei com inveja no bom sentido, gostaria de ter produzido esse livro.

Ficou lindo. Com a qualidade dos trabalhos realizados pelo George Ermakoff a quem muito admiro. Sua obra de traços fortes personalistas, vangoghianos, nos trazem uma forte expressão, alem da alegria das paisagens e cores, das naturezas mortas e vivas e da liberdade da palheta colorista utilizada.
Fiquei ainda contente de encontrar texto do Souliê do Amaral, também meu amigo, que escreve excelente texto, sobre a sua obra. È bem como ele diz Global e Visceral!

De Alexei Bueno sua observação: A Carnalidade das Formas, completam o essencial dito sobre sua obra.

Fiquei encantada, somou-se às outras impressões de sua figura. Nós que hoje somos E.Ts, no meio da nova sociedade, ou seres não identificados... Fiquei feliz em reconhecê-lo, a grande figura de artista, de representante da Pátria, e pasmem não pintou nem football e nem carnaval.
Foi fiel a si mesmo, raridade...

Com carinho aceite o meu abraço e a alegria de compartilhar com você desse belo presente.


Cândida Botelho
Tel 11 38877457 ou 99900699
www.aprosainteligente.blogspot.com.br
www.arvoredaterra.com.br

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Morreu Wilson Martins


Minha biblioteca de Avaré,tem me proporcionado surpresas agradabilíssimas , como o livro de Alberto Dines sobre a morte no paraiso de Stefan Sweig e agora esse de Wilson Martins sobre o modernismo literário brasileiro.
O Modernismo, tão consagrado pelo brasileiro, como uma invenção da nossa nacionalidade, segundo Wilson, demonstrou o enorme caos inlectual que existia no Brasil perto dos anos 20. Havia uma prática excelente de músicos e compositores e escritores, mas não havia um alinhamento intelectual. Parece que a Bossa Nova outro movimento de igual intenção, resolveu melhor esse problema.
Até hoje pode-se ver que o pensamento brasileiro atende mais as vontades individuais,e à necessidade de se elaborar um EGO, e menos à uma escola de pensamento. Na área política conseguiu-se formar um pensamento, (certo ou errado) com o grupo Fernando Henrique, com o Grupo Paulo Egydio Martins,homens preparados que eram, que conseguiram agregar pensadores extraordinários e no seu tempo.
Mas hoje não se vê mais isso. A literatura é bastante independente, cada autor acha que tem o dom da verdade, retrata seu universo e pensa que é internacional.Há bons autores, há os que saem na midia , em geral são os que comovem a massa, e tudo o que é de massa é de qualidade ,no mínimo,a se estudar...

Agora perdemos este extraordinário pensador Wilson Martins; ao ler seu livro eu estava até pensando em procurá-lo. Pena me atrasei...Correria dos dias atuais....Uma perda, afinal um pensador ético, sério, de respeito, sem se preocupar em aparecer a cada momento na midia....Mas o seu trabalho continuou....e veja agora eu estudando esse movimento com muito mais recursos, do que somente a pesquisar na internet, e copiar....

Grande Wilson Martins!!!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

MINC -LEIS DE INCENTIVO que desencentivam a cultura










escultura de CAB,em bronze,denominada ANGUSTIA


Publicado em 12 de junho de 2009
Basta de lero lero…
Artigo de Deolinda Vilhena (jornalista, produtora, Doutora em Estudos teatrais pela Sorbonne, pós-doutoranda em Teatro na ECA/USP) publicado no terra, em 12/6/2009
Nada como ser coerente na vida, e em discípula de André Malraux que dizia em Les voix du silence que “a arte, como o amor, não é prazer mas paixão”, aproveito a data de hoje, Dia dos Namorados, para declarar minha eterna paixão pelo (bom!) teatro. Essa paixão alimenta minha eterna esperança, ainda que quase sempre termine em desilusão, com os rumos que ele toma nessa terra sem dono - para não dizer coisa pior, a exemplo do que disse o Carlos Minc, há uns dias atrás - em que se transformou esse nosso Brasil.
A acreditar na atual Constituição e nos deuses da Democracia, o atual governo chega ao fim em 31 de dezembro de 2010, ou seja, daqui a um e meio. Oito anos confiados a esse governo por uma significativa parcela da população, governo que entrará para a história do “nunca, jamais se viu nesse país” por ter passado seis anos e meio discutindo e rediscutindo as possíveis alterações de uma lei, a tal lei Rouanet.
Aliás, no lugar do Embaixador Sérgio Paulo Rouanet, eu já teria entrado com uma ação judicial exigindo que tirassem meu nome da dita cuja, porque do jeito que a coisa anda o coitado deve passar o dia com a orelha em chamas…
Faço parte da minoria que perdeu o jogo democrático, não elegi esse governo por não acreditar ser possível governar sem projeto, coisa que o Partido dos Trabalhadores ignorava. Incompetência ou prepotência o tempo dirá. Porém, se levarmos em conta as tentativas fracassadas de eleger um presidente, não se pode dizer que faltou tempo hábil para preparar um. E, se há uma pasta onde essa ausência de programa excedeu, ela pasta é a da Cultura, na qual vivemos há seis anos e meio em ritmo de “ensaio”, privando toda uma classe de “estreias”.
Desde que, há dois anos, fui obrigada a voltar do meu doce e voluntário exílio parisiense, perdi a conta dos e-mails, convites, abaixo-assinados e convocações que recebi para participar das “discussões” em torno das propostas de alteração na Lei Rouanet. Com medo de parecer “afrancesada”, e temendo ser malhada como de hábito acontece nesse país, mesmo não tendo vocação e muito menos talento para ser torturada como fizeram com a nossa “brazilian bombshell”, aceitei alguns convites. Na maioria das vezes sofri calada diante das sandices discutidas.
Confesso aqui, publicamente, o meu martírio. Essas discussões sem fim e sem conteúdo soavam (soam!) como um castigo para quem passou cinco anos e meio estudando num país - a França, berço do método e do cartesianismo - onde o debate é prática ensinada nas escolas, e onde qualquer criança de 10 anos dá um banho em 90% dos nossos pseudo-intelectuais, no quesito argumento, simplesmente porque a “berceuse” delas inclui uma boa dose de tese, antítese e síntese.
Mas depois de dois anos de mordaça voluntária, decidi abrir a boca, soltar o verbo e desde já peço desculpas aos navegantes usando a máxima de Montaigne, “je donne mon avis non comme bon mais comme mien”. Algo como, dou a minha opinião não como boa, mas como minha…
Em primeiro lugar gostaria que alguém me explicasse e/ou justificasse o baixíssimo, para não dizer irrisório, orçamento do ministério da Cultura? Isso não tem nada a ver com a existência das Leis de Incentivo. Isso é a prova cabal do desinteresse dos governantes desse país pelo quesito cultura.

Resposta a Deolinda ,

Prezada Deolinda,

Posso dizer identicamente o que você afirma, ou seja, reitero todas as suas afirmações, eu que ainda não fiquei tempo tão grande na França, mas que irei esse ano para uma pesquisa histórica.
Logo no começo da gestão GIL, foram feitos encontros onde todo o meio cultural, sem exceção, correspondeu às convocações e participou.
Estive na Sala São Paulo, começando a discutir pontos de vista. Mas essas reuniões se estenderam pelo Brasil todo, nitidamente, muito mais preocupados em fazer campanha, em mostrar que o governo estava atuando, do que pelos resultados obtidos, que como você mesma diz.... não vimos ainda nada de concreto. Afora o desperdício de dinheiro dos cofres públicos, digo de mim, de você, de todos nós que pagamos as contas... que vem sustentando obviamente os inscritos no PT. Aliás, o que aparece me lembra coisa bem pior... e protecionista.

A Lei Rouanet até a posse do PT, sempre foi muito boa, permitiu a realização de inúmeros projetos, grandes e pequenos... cuja burocracia, até o governo do PT entrar e mudar todo o pessoal, estava afinada e funcionava muito bem.
Para começar não creio que seja um problema da lei, mas sim do empresário brasileiro, querendo ganhar sempre em tudo, quer daqueles que produzem nas indústrias, serviços ou cultura não tem olhos para o fazer cultural,mas apenas para o quanto vão ganhar com isso, em espécie.
Politica cultural é apenas uma questão de organização física do setor,e formas de financiar honestamente as atividades...Utopia é Claro.

Deixei de fechar projetos de livros, pela minha editora, pois precisava devolver 50% do valor captado para o projeto a empresários ou banqueiros.
Não o fiz e miquei...
Portanto essa palhaçada, esse lero lero, como você diz , levado a efeito muito mais pelo atual JUCA Ferreira e sua equipe,do que por outros personagens da cultura, e talvez até que ingenuamente com alguma possível vontade de acertar,.....piorou e muito.

Eu por exemplo não trabalho mais com a lei. Trabalho sim e faço cultura todos os dias da minha vida, pois é o que sei fazer... Pois Cultura é o caldo de nossas experiências na vida, é a criação, e a transformação que não depende de lei alguma, é capacidade de nosso povo brasileiro em redesenhar as festas, em criar seus personagens, em dançar e cantar e fazer todo tipo de manifestação... de si mesmo, de sua vida, de sua cultura....Isso é Cultura.
Não é a lei que inventaram para facilitar e que complica. Mas impossível trabalhar no Brasil de forma idônea...ou você é da elite, então é cortado... ou você tem que devolver dinheiro aos patrocinadores, ...ou então não é reconhecido. Mas na hora de prestar contas ai surgem os pequenos ditadores de plantão da burrocracia incriminando todas as pessoas descentes que trabalham com amor e dedicação...

Afinal quem aprovou para o BRADESCO o maior Banco Brasileiro, aplicar suas verbas de lei de incentivos e fazer propaganda escancarada do CIRQUE DE SOLEIl??? Não foi esse governo que ai está e que fala em coibir coisas, ações, verbas...? Uma palhaçada ....ou seja, nos acham a todos com cara de palhaços.... Parabéns a você que gritou e nos deu esperança de gritar... mas não se iludam, apenas de gritar, pois com certeza nada mais conseguiremos, e já não conseguimos dentro dos padrões razoáveis.A Interferência do ESTADO está imensa em todas as áreas de atividade do Brasileiro, E chamar a isso de democracia????Não seria HIPOCRISIA, falta de respeito e safadeza?? Afinal vivemos numa ditadura econômica e política... loteando todo nosso patrimônio entre grupos que se dizem eleitos pelo povo,(ignorante que somos todos nós que ainda votamos) .... eu escreveria mais um milhão de dias sobre essa safadeza generalizada que corre o Brasil do séc XXI....